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domingo, março 14, 2004

Bem pessoal... eu até sei que ninguém desembarca aqui, mas é bom avisar: creio que não vou mais atualizar esse blog... vou concentrar tudo no MALDITO!!!!!!! Passem por lá então: http://omaldito.blogspot.com

E não deixem o rock morrer!!!!
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terça-feira, novembro 25, 2003

Ok Computer : o album da minha vida.



Ok Computer, o terceiro album da maior banda de todos os tempos, o Radiohead, é o disco da minha vida. Sem dúvidas. Representa a solidão, a gigantesta quantidade de dúvidas que se interpõe entre mim e o mundo em que vivo(?): um ser humano engolido pela sociedade pós-modera que esqueceu que não é nada além de um conjunto (?) de pessoas constituídas de carne e emoções.

Me furto aqui de tecer maiores comentários... um dia, quem sabe. Prefiro, por hora, publicar as reminiscências de Luciana Maria Sanches que, em 10/06/2003, publicou no www.omelete.com.br um dos melhores textos (se não o melhor) que já li sobre esta parte inseparável da minha vida. É longo, mas leiam. Vale a pena...

Radiohead: OK computer

Por Luciana Maria Sanches
10/6/2003

É tão curioso quanto arriscado eleger um álbum de uma década tão recente como um clássico, mas Ok Computer merece o posto. É modelar, é referencial. Parece ter sido concebido num daqueles raríssimos momentos de inspiração tão elevada que uma nota a mais, um segundo a menos, uma palavra mal colocada poriam tudo a perder. Um daqueles momentos em que os relógios pararam (inclusive o Big Ben!) e os olhares de todo mundo se voltaram à Grã-Bretanha para assistir ao Radiohead cravar definitivamente seu nome na História da Música.
Não é por acaso que OK Computer foi chamado o Dark Side of the Moon dos anos 90. Assim como o clássico do Pink Floyd, Ok Computer é conceitual, exige um profundo exercício mental para ser compreendido e se tornou referência imediata na música que seria feita subseqüentemente. Que o digam Coldplay, Muse, Elbow, Travis, etc.
Absolutamente todos os infindáveis "ruídos" presentes no álbum têm razão de ser. Tudo o que está ali é partícula indivisível de um organismo que compõe uma obra-prima. Mesmo com esse conceito na cabeça, assim como as grandes obras de arte, Ok Computer permanece indecifrável: a magia que permeia o álbum está sempre lá, inatingível, mesmo que você esteja escutando o disco pela enésima vez.
A temática do álbum é a do ser humano sendo "dragado" pela tecnologia e a dinâmica que governa o mundo moderno. Munindo-se de milhares de aparatos que seriam supostamente necessários para o "viver corretamente", o homem se enclausura de tal forma que acaba por não reconhecer a si mesmo e aos que o rodeiam. Na perspectiva de Ok Computer a sociedade está doente, sofrendo do mal da não convivência e da rendição às máquinas em detrimento dos sentimentos. Uma sociedade que não comunga entre si, já não poderia nem mesmo ser chamada de sociedade, não é mesmo?
Algumas análises sugerem que o álbum se trata de uma história com início-meio-fim. Não acredito que as músicas estejam seqüencialmente interconectadas, mas sim que trabalham sobre um tema em comum, com visões diferentes a cada nova faixa.
Thom Yorke personifica andróides, alienígenas e empresta sua voz aos computadores. Assim, seus personagens têm um olhar imparcial que reflete conceitos acerca da humanidade que, nós, fazendo parte dela, talvez não sejamos mais capazes de perceber. No máximo, assim como Yorke em "Subterranean Homesick Alien", ao se dar conta da essência da qual estamos lentamente nos distanciando, passamos então a nos sentir os "anormais", os "estranhos", os "não humanos".
O álbum é composto de experimentações sonoras de cabo a rabo, afinal o assunto são as máquinas. Bastou para que fosse rotulado de progressivo. Contudo, o progressivo estaria restrito às experimentações, porque, de forma alguma, encontramos em Ok Computer solos intermináveis e letras rareando. Ao contrário, a textura serve para contribuir para a sensação de espacialidade, mas de maneira geral, trata-se de um trabalho minimalista, no qual, em alguns momentos, o instrumento nada mais é do que a própria voz de Thom Yorke. Além disso, há rompantes de puro rock n´roll como em "Paranoid Android", um dos vários exemplos do deslumbrante casamento entre rock n´roll e eletrônico proporcionados pelo álbum.

A introdução é feita pela enigmática "Airbag". Yorke preconiza ter sido salvo por um airbag ao sofrer um acidente. Agora, a sua missão passa a ser "salvar o universo".
"Paranoid Android" é uma verdadeira sinfonia provocada pela mescla de instrumentos acústicos e eletrônicos. Thom Yorke alterna os vocais entre momentos de apenas murmúrios e violenta irritação. Aos três minutos, a música dá uma belíssima reviravolta, deixando todo o ambiente extremamente ruidoso para, em seguida, encontrar-se novamente com a voz calma que traz tranqüilidade e suavidade... temporárias. De novo estamos mergulhados na profusão de ruídos e caos. Ao fundo, uma voz robótica repete "I may be paranoid, but not an android", oferecendo uma das chaves do enigma que envolve todo o álbum. A música termina abruptamente e finalmente encontra alívio em "Subterranean Homesick Alien".
A ambientação onírica em "Subterranean Homesick Alien" é causada pela combinação da letra, em que Yorke pede para ser levado por naves espaciais por não se sentir mais parte deste mundo e efeitos sonoros que iniciam-se mínimos para atingir um ápice quase já no final da música.
"Exit Music (for a film)" traz a voz de Thom Yorke introjetada pela própria incapacidade de até mesmo respirar sozinho, segundo ele canta. O tom claustrofóbico e arrepiante dado principalmente pela linha de baixo de Colin Greenwood, num dos momentos mais floydianos do álbum, incomoda, fazendo desta música possivelmente o momento mais dark de Ok Computer.
"Let Down" é doce, um óasis disfarçado. A sonoridade é bastante pop, mas esconde na letra uma tremenda decepção com a própria vida. O modo Radiohead de discorrer sobre a falta de surpresas que nos guarda.
"Karma Police" é uma melodia melancólica que questiona o ser diferente. O "anormal" deve ser detido, já que deixa as coisas fora da "ordem". A base do piano dá a cadência necessária para o desespero final de Thom Yorke ao admitir que apesar de todos os seus esforços, não consegue encontrar o encaixe para passar no teste de "normalidade".
"Fitter Happier" é emblemática. Um computador dá os comandos para ser mais feliz: não beber muito, exercícios três dias por semana, conviver mais harmoniosamente com seus colegas de trabalho, comer bem, não consumir comida de microondas e gorduras saturadas, ser um motorista mais tolerante, manter contato com velhos amigos, ou seja, níveis impossíveis de serem atingidos e conseqüente auto-estima indo por água abaixo. Te parece familiar?
"Electioneering" traz riffs de guitarra para embalar um Thom Yorke agora vestindo a persona de um político. A mais destoante do álbum, nem por isso menos importante. Ela talvez seja um dos grandes motivos de eu não acreditar que o álbum tenha uma unicidade seqüencial.
"Climbing up the walls" é serena, calma e profundamente dark. O vocal é distorcido, praticamente um lamento. Thom Yorke preparando-se para dar o bote, a música torna-se então melodiosa, novamente a sensação onírica escondendo uma letra, para dizer o mínimo, intrigante. Seria uma metáfora do que há de mais secreto em nós mesmos?
"No surprises" é minimalista ao máximo. Contradição? Possivelmente, a música mais triste do álbum, o principal instrumento é a voz de Thom Yorke e um clima quase infantil na junção dos demais instrumentos. A história de como uma vida "dentro dos padrões" pode acabar mal. Acomodar-se afinal de contas pra quê?
"Lucky" é a mais lenta do álbum. Entretanto, assim como as outras, tem seus ápices e fica mais fortalecida a cada "ouvida". A saga do homem que renasceu com a missão de salvar o Universo está chegando ao fim.
"The tourist" finaliza o álbum. Aqui, Ok Computer já não conta mais com efeitos eletrônicos e economiza nas experimentações. Os instrumentos e as vozes são claras. A calma pedida por Yorke finalmente envolve o ambiente. As coisas estão de volta aos seus devidos lugares... ou não.

Em Ok Computer, o ouvinte é convidado a fazer uma viagem tendo o Radiohead como condutor através de paisagens por vezes tranqüilas, por vezes esquizofrênicas, sufocantes e dolorosas. As nuances, a tristeza e a euforia, a era do transtorno bipolar afetivo, o claro-escuro, se encontram. A harmonia permeando todas essas relações.
Thom Yorke é o guia, utilizando-se, com expressividade incomparável e teatralidade até, de suas várias facetas. Na trajetória, os pré-conceitos vão se esvaindo e sem que se dê conta, você é tragado para o mundo verdadeiro, onde a essência do ser humano é o que importa.

O Radiohead abusou da liberdade para criar uma obra-prima. Intencionalmente ou não, o álbum foi aclamado pela crítica e eleito o melhor do ano (e até mesmo o melhor do século, pelos leitores da respeitada revista inglesa Q). Com Ok Computer, o Radiohead emancipou-se definitivamente do britpop para se tornar uma das bandas mais reverenciadas do mundo.

Ok Computer é isso. Indispensável. Tal qual a verdade.






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quarta-feira, novembro 19, 2003

Vou publicar um texto que escrevi há uns dois meses sobre o show do Colplay na Cidade Maravilhosa.

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“Finalmente chegamos ao Rio de Janeiro” - O Show do Coldplay no Rio



Já ha algum tempo ouvia rumores de que o Coldplay se apresentaria no Brasil por volta de agosto/setembro deste ano... mas, nem botei muita fé nesta história. Ou melhor, até que acreditei, mas, não me empolguei muito com a idéia. Afinal, estamos falando de uma banda mediana que, apesar dos prêmios ganhos (Grammy, VMA etc), não representa algo essencial ou novo para a musica.

Não me entendam mal: não vou criar uma cruzada contra a bandinha gelada... ano... tenho o Cd mais recente deles (que só comprei porque estava na promoção e porque me apaixonei por In My Place, mas isto é outra estória), um show deles da atual turne e gosto de Shiver, do Parachutes... Mas... é só isso.

E a sua superficialidade criativa resta mais clara quando eu ouço logo antes ou logo depois, qualquer, eu disse QUALQUER música do Radiohead. Mas comparar o Radiohead a qualquer banda é uma tremenda sacanagem. Ninguém nunca chegara perto do que Thom Yorke e cia fazem.

E o que o Coldplay tem afinal de contas? Musicas cantaroláveis, tristes, pianinhos... Muito redondinho, muito igualzinho. Nada de antológico. Nada que entrará para a Historia. Arrisco dizer que o próximo disco deles será, se não um fracasso, uma tremenda decepção para seus atuais "fãs".

Mas, eles vieram ao Brasil, e eu acabei comprando o ingresso, 60 pratas, se fosse mais caro, provavelmente eu não iria.

Então, lá estava eu a caminho do show... primeira surpresa: fila no estacionamento. segunda: fila quilométrica para entrar na casa de espetáculos. E eu havia chegado em cima da hora. Surpresa! pois achei que não seriam vendidos todos os ingressos.

Casa lotada. As luzes se apagam, e começam as batidas ensurdecedoras de Politik. A multidão grita, principalmente as pré-adolescentes com suas vozinhas histéricas (elas explicam a fila interminável para adentrar a casa de shows).

A banda é competente ao vivo, e o vocalista tem carisma... In My Place, God Put a Smile Upon Your Face, Clocks são os pontos altos do espetáculo. Já as músicas novas não empolgam tanto a platéia, salvo One I love, com o Chris pulando e tocando sua guitarra.

Como eu já disse: não vejo nada de revolucionário.

Mas o que há de errado em se ter uma noite divertida? Vamos pular, gritar, cantar e viajar nas luzes estraboscopicas do espetáculo. Vamos rir do Chris Martin comandando a platéia como um maestro e pronunciando suas frases prontas em português para conquistar os incautos (do tipo “Finalmente chegamos ao Rio de Janeiro”) (velhíssimoooooo truque de gringo, mas ele disfarçou bem... deu até para perceber que ele misturou algumas das frases que aprendeu: improviso! Grande Chris).

Mas é isso. Um banda para se divertir por uma noite, com cerveja nas idéias (ou, como diz um professor meu, "embelezado") e nada mais. Let´s spend the night together!


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sábado, novembro 15, 2003

THE STROKES e seu novo cd


The Strokes: os salvadores do rock no novo milênio. Grande alcunha que não deve ser levada em consideração por ninguém (não que a banda nao seja boa, ou que seja boa, whatever. Mais tarde voltarei ao assunto) pois o que falam por essas revistas e jornais especializados mundo afora nem sempre é verdade (muito pelo contrário!).

Primeiro, porque o mundo do showbizz vive disso: promoção. A cada semana se promove uma banda como sendo a nova revelação do mundo, criando-se fatos, sons, imediatamente relevantes para todo o globo (NÃO PERCA A MAIS NOVA REVOLUÇÃO VINDA DA ILHA DA RAINHA ... e coisas do tipo), simplesmente porque o mundo da cultura precisa vender novos astros para os consumidores. O rock nunca morreu (pra mim, não morreu mesmo, pois ele está vivo em cada um de nós! Ah, que meigo) porque isso causaria um baita prejuízo para a indústria do entretenimento (até estão tentando substituí-lo pela música eletrônica e pelo hip-hop... mas isso é outro assunto).

Segundo, porque eles vivem em outro mundo: shows de grandes (e nem tão grandes) bandas semana após semana, grandes veículos de comunicação, padrão cultural (na maioria das vezes) mais elevado... E, além de tudo (e agora falo especificamente da Europa), um cultura calcada em seculos e seculos de carga experimental. Os grandes berços da moderna cultura ocidental estão lá: Roma e Grecia. Nós, do dito terceiro mundo, nao recebemos diretamente estas influências... o que nos chega são as matérias processadas, prontas para o consumo, verdeiros bens de consumo. Uma embalagem, que abrimos, comemos (aceitamos) e ficamos felizes. Um BIG MAC MUSICAL!

Dizem: os salvadores do ROCK! E todos os criticos da grande midia brasileira batem palmas.

E o que são os Strokes afinal? Um bando de filhinhos de papai nova iorquinos que posam de rebeldes e tocam instrumentos musicais. Contudo, isso não é demérito algum. Porque só o proletariado pode fazer música de qualidade (vide o grande numero de bandas revolucionárias surgidas das cidades operárias inglesas) ?

Contudo, os Strokes não são a oitava maravilha musical do mundo. Muito pela qualidade de suas músicas, mais ainda por terem apenas poucos anos de vida. Estamos diante apenas de seu segundo trabalho ("Room on Fire" lançado no Brasil pela BMG).

E o que ele é? Dizem por aí que é uma mera continuação do disco anterior. MENTIRA!

Ele é bem inferior. O "Is this it?" é muiiiiiiiito bacana. Simples, mais bacana. Como costumo dizer, as coisas mais belas são as simples, e isso pode se aplicar ao primeiro disco dos meninos. Temos "The Modern Age", "NYC cops", "Last Nite", "Someday", "Hard to Explain", "Soma", "Take it or leave it"... ou seja, quase todas as músicas, ótimas para se divertir (imagine você no meio da rua, a noite, dançando com o som bem alto, uma garrafa de Miller na mão e dando uns beijos na sua menina).

Já o "Room on fire" tem suas qualidades. Mas passa longe do primeiro. Nao tem o impacto da novidade ou a surpresa da revolução. Temos o que, ums três musicas legais (mas mesmo assim inferiores às do "Is this it?") : "Reptila" , "I Can´t Win", "What ever happened" ... hoje, após algumas audiçoõs, não consigo destacar muito além disso.

Eles se acovardaram e apostaram no fácil, ou realmente nao tem muito mais a oferecer? Nao é demais lembrar que eles não se "compatibilizaram" com o Dr. Nigel Godrich, produtor de discos memoraveis (e tenho que citar aqui, claro, produtor da maior banda do mundo... RADIOHEAD... e do melhor disco de todos os tempos... Ok Computer... hehehehe ) e optaram por contratar o mesmo produtor do disco anterior.

É muito cedo para se decretar a morte ou a vinda do messias. Contudo, eu nao boto muita fé neles. Como não confio muito no Coldplay. Tiveram o mérito pelo menos de reacender a discussão, de trazer as luzes para a caverna em que o rock se escondia.

Contudo, se eles vierem realmente ao Brasil no ano que vem (como já divulgado no site deles), eu estarei no show. Como eu disse, não deixa de ser uma ótima banda para animar uma farra!

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sexta-feira, outubro 31, 2003

TIIIIIIIIIIIIMMMMMMMMM FESSSSSSSSSSSTIVALLLLLLLLL

Aproveitando que ainda ressoa em minha mente o ESPETACULAR SHOW do WHITE STRIPES, tecerei alguns comentários sobre essa espetacular noite.

FOIIIIIIII ALUCINANANTEEEEEEEEEEEE!!!

Ao invés de ver o show da banda que o Jack White bancou, fiquei bebendo do lado de fora, crente que as apresentações iriam atrasar. Que nada. Quando cheguei ao palco, já tava tocando o Fellini (e eu me pergunto porque eles não se contentaram com o ostracismo...). Mas antes, pelo caminho, pude ver os diferentes tipos que me rodeavam, desde as patricinhas ate os clubbers, e um monte de paulistas que desceram o morro ate a cidade maravilhosa... devem ter se esbaldado. Todos querendo mostrar uma particularidade, roupas dita alternativas, piercings, tatuagens e coisas do gênero. E eu, na minha.

Acabou Fellini, e subiram ao palco os malucos do Super Furry Animals. Loucos mesmo. Musica psicodélica, que nos leva para os anos 60/70... e logo na primeira musica, a primeira loucura.... o vocalista surge no palco trajando uma mascara girante dos... POWER RANGERS!!!! (Não vou falar que era do Changeman que ninguém vai lembrar o que é isso...). LOucura total. O telão projetando vídeos viajantes e a musica acompanhando. Depois vieram as baladinhas convencionais. Acabando o show, o palco vira uma grande rave, musica eletrônica, e todo mundo dançando! Muito bom. Mas não é tudo: acabam as batidas e surgem os integrantes fantasiados de abomináveis homens das neves (nessa hora eu entendi pq eles se chama Super Furry Animals) carregando uma copia ta taça Fifa (aquela mesma que o Cafu levantou ao final da Copa do Mundo). O pessoal viajou na hora. EU não acreditei, só conseguia rir.

Atordoado com as loucuras dos animais super peludos eu fui beber mais umas cervejas, barganhar com os barraqueiros, e bater um papo com as mocinhas que distribuíam folhetos (sabia que cada uma ganha 25 reais por noite - 4 horas de trabalho - para distribuir folhetos?).

Voltei para o palco e o Rapture começou a tocar. Rave total... muito bom. Guitarra, baixo, bateria e saxofone (!?) a serviço da dança. Claro que tinha os programadores, barulhinhos eletrônicos. Só ajudaram a climatizar o ambiente, com as luzes, o povo dançando e se divertindo.... ninguém sabia as letras, mas todos curtiram. Um sensacional prelúdio para o que estava por vir....

então....

WHIIIIIIIIIIIITEEEEEEEEEEEEEEE STRIPEEEEEEESSSSSSSSSSS

A bateria que parecia uma balinha de chupar ( já viram?) anunciava que os irmãos estavam para chegar (Sim , IRMÃOS... eu sempre soube disso... eles são idênticos!!!!!!! Alem disso, o Jack anunciou a Meg como sua "Big Sister"...).

E eles chegaram. Publico ao delírio. Eles começam a tocar.

Porra. Já li em dezenas de lugares sobre a performance deles, mas nada como ver ao vivo, e agora posso falar com todas as letras: CARA! Como o Jack tira tudo aquilo de uma só guitarra!!!!!!!??????? ELe parece se multiplicar por três, tamanha a diversidade de acordes e arranhos e solos. O cara é foda mesmo, tenho que concordar. E a Meg? Todos sabem que ela sabe necas de bateria, mas, para o conjunto, ela se encaixa. O brilho fica com a guitarra de Jack, e ela necessariamente tem que ser simples (se bem que eu já sonhei com o Dave Grohl na bateria tocando com o Jack... IMAGINA SÓ!!!!!!). E ela cantando "In the cold cold night...." só da vontade de pô-la no colo e fazê-la dormir... que coisa linda.

E o Jack parecendo um Jocker (aqueles palhaços que entretiam as cortes), com sua calça colante bicolor hahahahhaa.

Foi muito bom... ele toca muito, eles têm uma sintonia perfeita no palco... um olha pro outro e pronto: ambos já sabem o que fazer. Da pra sentir no olhar uma vontade quase sexual.... (será que rola um incesto ali????)

Mas como nem tudo é perfeito... POOOOOOO FOI MUITO CURTO!!!!!!!!!! Um bis de duas musicas.... tenho quase certeza que foi culpa da organização... pra que fazer um horário tão apertado??? EH melhor colocar 4 ao invés de cinco bandas e deixar os shows melhores... poxa...

Mas, tudo bem: The White Stripes irão ficar para sempre em minha memória como um dos shows mais alucinantes que eu já vi....

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